domingo, 15 de maio de 2011

Capela - Escola Municipal de Ensino Fundamental São João Batista, de São Bento, Cruzeiro do Sul.


    Como os filhos dos pioneiros que moravam mais distantes tinham que se deslocar para a Escola de Picada Augusta, o prefeito Rubem Feldens prometeu a criação de uma escola, desde que a comunidade se unisse em mutirão. Demolida a escola da Maravalha, seu material de construção foi aproveitado para a nova escola, construída provisoriamente em fevereiro de 1973, iniciando-se as aulas já. Padre Miguel Wagner transcreve a Ata nº 1, de 10.02.1973, com a presença de 24 membros da Comunidade, para tratar da escola em construção, do número de alunos e classes a funcionar. Foi eleito a Diretoria do Círculo de Pais e Mestres, sendo constituída pelos seguintes membros: presidente Alberto Carlos Mallmann (meu avô), secretário Ênio José Nonnenmacher, tesoureiro Walter Armando Scheibler. Outro assunto foi a escolha do nome da escola: São João Batista. Foram diretoras: Bronilda Spohr (1973), Maria de Lurdes Scheibler (1981), Bronilda Dessoy (1983), Dulce Maria Führ (1985), Bronilda Dessoy (1986), Dani Maria Dreyer (1989), Bronilda Dessoy (1989), Maria de Lurdes Scheibler Wendt (1990), Adriane Graeff (1991), Maria de Lurdes Scheibler Wendt (1993) e Isolete Inês Quinot Luft, de 1997 a 26.02.1998, quando foi nucleada à Escola Municipal 25 de Julho. A denominação foi dada e aprovada pela maioria dos vereadores, na sessão de 11.09.1976. Como havia vários pioneiros com o nome de João, a maioria concordou em escolher como patrono São João Batista, filho de Zacarias e de Isabel. Fonte: Cruzeiro do Sul e sua História - José Alfredo Schierholt.
     Durante este período, a Escola Municipal serviu também como Capela, até o ano de 2009, quando então, a administração municipal decidiu reformá-la, dando lugar a uma Camará Mortuária.

                                   

Foto da Capela - Escola Municipal de Ensino Fundamental São João Batista, em estado de reforma, em 15.05.2011

"Der Maragatenkrieg"

     A Guerra dos Maragatos é um dos episódios mais marcantes da história de Santa Clara do Sul.     
     Seguem, abaixo, os nomes dos 50 combatentes vitoriosos de Santa Clara do Sul: Cel José Diel – (Comandante); Francisco Weiler; Pedro João Mallmann; Manoel Werlang; João Pedro Mallmann; José Ruschel; Pedro Weiler; Mathias Arenhart; Guilherme Arenhart; Pedro Weber; Pedro João Wickert; Carlos Lenhart; Carlos Allgayer; João Schabbach; Guilherme Werlang; Augusto Zart; Miguel Ruschel; Pedro Kasper; Jakob Arenhart; Jakob Braun; Jakob Weiand; Jakob Weiand Filho; Pedro Wickert; Frederico Schneider; João Weber; Adão Franz; Augusto Müller: Jakob Kochhann; Francisco Kasper; Nikolau Dessuy; Carlos Schnorr; Martin Reis; Jakob Schnorr; José Lauxen; Antônio Ruschel; Jakob Löblein; Reinoldo Ruschel; João Dill; Nikolau Werlang; Guilherme Steinmetz; José Weiler; Cristiano Ely; Jakob Weiler; Reinoldo Görgen; Jakob Arenhart Filho; Nicolau Krämer; Felipe Mallmann; Pedro Bender; Nikolau Klein; Nikolau Schneider.                     
     O Museu Municipal “Memorial Santaclarense”, inaugurado em 01/09/1999, também possui em seu acervo peças remanescentes do Combate Vitorioso (rifle e botas).

50 Combatentes Vitoriosos de Santa Clara do Sul: Cel. JOSÉ DIEL

O herói de Santa Clara, que, com sua fé e bravura salvou da destruição total a dita localidade, no dia do sangrento combate, ferido em 28.08.1895.
Esta foto foi batida em 1924, no local do campo de sangue, junto à cruz que assinala o ponto, onde foram, após a batalha, enterrados três dos numerosos mortos que assaltaram a Picada de Santa Clara do Sul. Dois corpos dos inumados foram posteriormente retirados deste jazigo e levados por seus familiares para os pagos de sua origem.


50 Combatentes Vitoriosos de Santa Clara do Sul: JOSÉ RUSCHEL





José Ruschel, irmão de Miguel Ruschel.


50 Combatentes Vitoriosos de Santa Clara do Sul: MIGUEL RUSCHEL


Miguel Ruschel, casou-se com Cristina Simon, era filho de Nicolau (Closs) Ruschel e Catarina Scherer, que morava primeiro no Vale do Tigre (Tigertal, am “Herrgottsbrunnen”), em Santo Inácio da Feliz, e após em Escadinhas, sendo pais de 17 filhos, dos quais Miguel, depois de sua irmã Maria, foi o mais velho. Miguel Ruschel morava primeiro em São Bento, Santa Clara. De profissão marceneiro, auxiliou na construção da primeira capela de Santa Clara. Miguel tinha a barba mais comprida, entre os moradores santa-clarenses. Teve nove filhos, entre eles, ANTÔNIO RUSCHEL (cc Carolina Arenhart) e REINOLDO RUSCHEL (cc Federhen), ambos combatentes vitoriosos de Santa Clara do Sul.

50 Combatentes Vitoriosos de Santa Clara do Sul: JOÃO PEDRO MALLMANN

João Pedro Mallmann (Hannes Pitter) nasceu em 16.10.1844, zu Blankenrath, Kreis Zell, Regierungsbezirk Koblenz, Alemanha. Casou-se em 14.08.1866 com Elisabeth Bender na picada Monte dos Bugres, em Dois Irmãos, RS, onde ela nasceu. Filha de Johann Anton Bender e Margaretha Ostermann. João Pedro foi agricultor, alfaiate e, por algum tempo, professor em Tupandi, Montenegro, RS. Em 1885, transferiu-se para Santa Clara do Sul, onde exerceu as funções de sacristão e dirigente de coro. João Pedro Mallmann faleceu em 25.04.1912 e foi sepultado no Cemitério Católico de Santa Clara do Sul, que ficava ao lado da Igreja Matriz São Francisco Xavier. No ano de 1955 quando o cemitério foi demolido para que o Salão Paroquial fosse construído, João Pedro foi transladado para o novo Cemitério Católico da localidade.

50 Combatentes Vitoriosos de Santa Clara do Sul: ADÃO FRANZ





Adão Franz, casou-se com Carolina Mallmann.

sábado, 14 de maio de 2011

50 Combatentes Vitoriosos de Santa Clara do Sul: JOSÉ WEILER



José Weiler e seus irmãos Felipe e Pedro emigraram da mesma localidade de Jammertal para Santa Clara, três semanas após, com muitas peripécias, devido a grande enchente, ocorrida no mês de maio de 1878, a qual os obrigou a permanecer no campo entre Montenegro e Taquari, onde felizmente encontraram aconchego em casa de um certo Diefenthäler, durante 8 dias. Chovia continuamente e os arroios haviam transbordado de seus leitos, não dando passagem. Passados 8 dias, dirigiram-se por Teutônia à Picada Grande (Doppelpikade), na época, no município de Estrela, onde se demoraram por mais algum tempo, de vez que o Rio Taquari estava muito alto. Baixando finalmente as águas, Pedro Weiler transpôs sozinho o Rio Taquari, valendo-se duma canoa, e foi avisar os moradores de Santa Clara de que o rio já oferecia passagem. José casou-se com Susana Bender, com a qual teve nove filhos.

Igreja de Estrela.


A foto de 1885, mostra apenas um dúzia de construções no seu centro urbano. A Igreja, com suas duas torres, já estava lá, servindo de matriz desde 1873. Defronte da Igreja, no outro lado da praça, vê-se um pequeno prédio de dois pavimentos. Era a Casa Paroquial, onde viviam os jesuítas.

Fé edificada em pedras de areia - Arroio do Meio.


Em 1900 foi iniciada a construção da Igreja da Pedra sendo concluída só em 1951, devido às dificuldades encontradas pela comunidade, que de forma voluntária, dedicou-se na extração, transporte e edificação, retirando o material de uma pedreira próxima.



"Não tinha domingo, nem feriado. Todas as horas de folga da lavoura eram para a Igreja. As pedras maiores eram trazidas de carroça."

Igreja Matriz gótica de Arroio do Meio.


Igreja Matriz gótica de Arroio do Meio.

Igreja Matriz São Gabriel Arcanjo, de Cruzeiro do Sul.



Majestosa Igreja Matriz de São Gabriel Arcanjo, de Cruzeiro do Sul, costruída pelo saudoso Pe. Afonso Weiler. 




Igreja Matriz São Gabriel Arcanjo, de Cruzeiro do Sul, costruída pelo saudoso Pe. Afonso Weiler. Ao lado direito, fazendo divisa com Estrela, o Rio Taquari.




Capela de Picada Augusta, Cruzeiro do Sul.



Foto da Primitiva Capela - Escola da Picada Augusta, em Cruzeiro do Sul, tirada em 1966.




Nova Capela do Puríssimo Coração de Maria, na Picada Augusta, em Cruzeiro do Sul. Inaugurada em outubro de 1961.

Escola - Capela São José, da Picada Aurora Alta, em Cruzeiro do Sul.


Escola - Capela São José, da Picada Aurora Alta, em Cruzeiro do Sul.

domingo, 8 de maio de 2011

Igreja São Francisco Xavier de Santa Clara do Sul


Foto do Professor Pedro Mallmann com seus alunos, na era de 1882, defronte da primeira Capela de Santa Clara do Sul.



Primeira Capela de Santa Clara do Sul(à esquerda da segunda, que aparece em primeiro plano).


Foto da 3ª e nova Igreja Matriz São Francisco Xavier de Santa Clara do Sul, tirada no ano de inauguração, em 1916. Vendo-se o primeiro cemitério(à esquerda) e o primeiro Salão de Baile(à Direita) da Comunidade.



Vista da então atual Igreja São Francisco Xavier, de Santa Clara do Sul. 


Interior da terceira e atual Igreja São Francisco Xavier de Santa Clara do Sul; esta foto foi tirada em 17.11.1940. 


Vista da imponente escadaria e do ciclópicomuro, construídos em 1941, defronte da Igreja Matriz São Francisco Xavier, de Santa Clara do Sul. 


Igreja Matriz São Francisco Xavier, de Santa Clara do Sul, após a sua reforma externa, terminada a 29 de novembro de 1950.  


Vista da atual Igreja Matriz São Francisco Xavier de Santa Clara do Sul.  


Vista da parte interna da Igreja Matriz São Francisco Xavier de Santa Clara do Sul.


Nova Capela São João Batista na localidade de Sampainho, em Santa Clara do Sul.


Nova Capela São João Batista na localidade de Sampainho, em Santa Clara do Sul. Sendo ela inaugurada em 12 de outubro de 1952.

Nova Capela Santo Antônio de Sampaio, em Santa Clara do Sul.


Capela São Luiz, na Picada Santa Clara, em Santa Clara do Sul.



Capela São Luiz, na Picada Santa Clara(ex-Schustereck), em Santa Clara do Sul. Inaugurada em 1966.

Capela de Alto Arroio Alegre, em Santa Clara do Sul.


Joanna Mallmann


Apenas o registro amarelado de nascimento denuncia a idade.



Você se lembra de ter aprendido a escrever Gustav ou Dorotheia na escola? Pois é, são poucas as pessoas que conviveram com essa grafia. Mas foram os nomes que Joanna Mallmann gravou para aprender o abecedário. E se parece difícil ter essa lembrança, saibam que não é a única. A santa-clarense comemorou o centenário no dia 22 de setembro de 2008 e contava fatos antigos que muito ainda passeiam pela memória. Como o santinho recebido aos 7 anos de um padre e, ao agradecer, teria respondido, em vez de “abrigada”, “louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”, em alemão. Ainda cantava estrofes de músicas religiosas na mesma língua, como “ Maria Zu lieben... In liebe und freude... Du biest ja die muther, dein kind wil ich sein…”. Mas é quando canta "Grosser Gott wier loben dich… "que não conseguia esconder as lágrimas, tal o sentimento ao recordar as emoções que o canto lhe trazia. Ainda relatava com lucidez na língua alemã as características do ser humano que vivia nas décadas de 1910, 20 e 30. 
Para o deslocamento no dia-a-dia, recebia o auxilio da sobrinha Terezinha Mallmann. Viveu seus últimos dias de vida em Santa Clara do Sul, há pouco mais de um quilômetro da Igreja Matriz. 
Como consta no registro amarelado de nascimento, Johanna nasceu às 5h do dia 22 de setembro de 1908, filha de Jacob Mallmann e Anna Leocádia Beuren. A centenária veio a falecer no dia 04 de março de 2009, e foi sepultada no cemitério católico de Conventos, Lajeado.  

sábado, 7 de maio de 2011

Das Fleck Haus


Localizado na RST-413 no bairro São Bento, Lajeado, o Casarão, também conhecida como Das Fleck Haus, foi construído aproximadamente no ano de 1918. Seu primeiro morador foi Christian J. G. Fleck e sua esposa Hilda C. Fischer. 



Antes de construir, Christian morava alguns metros abaixo do Casarão. No ano de 1918 a ponte sobre o Arroio Saraquá foi construída, e com isso, a rua que ligava Lajeado/Santa Clara do Sul foi modificada. Como Christian tinha um armazém, para não perder seus clientes ele construiu sua casa e armazém na nova rua.

O casal Christian e Hilda tiveram os seguintes filhos: Ernildo, Vera, Metha, Cevero, Verena, Erna, Erni e Elmar.Christian nasceu no dia 20 de agosto de 1892 e veio a falecer dia 11 de outubro de 1945. Sua esposa Hilda nasceu dia 07 de fevereiro de 1899 e faleceu dia 07 de março de 1962. Ambos estão sepultados no Cemitério Evangélico de São Bento, Lajeado.

II Cemitérios abandonados encerram histórias de famílias: "Cemitério Comunitário de Picada São Rafael, Cruzeiro do Sul."

Depredadas pelo tempo, as sepulturas são poucas. Entre as mesmas, treze estavam em condições de identificação. O túmulo mais antigo é de Jakob Weber, falecido com um ano de vida em 1879.

Lista de Sepultados.

NOME

DATA DE NASCIMENTO
DATA DE FALECIMENTO
OBS.
Jakob Weber
            1878
            1879

Kristina Werronika Weber
20/01/1885
28/02/1886

M. José Dresch
20/09/1883
27/05/1887

João Thewes
20/07/1880
08/09/1888

"Vater" Mathias Dresch
20/05/1804
19/09/1888

Em sua lápide consta Drefch, talvez seja um erro.
Karlos Baltuin Ekart
30/03/1889
21/09/1892

Rosina Brune
09/08/1855
24/06/1895
Nasc. Scheeren
Pius Thewes
18/03/1891
01/10/1903

Teobaldo Dresch
07/02/1896
14/06/1909

Manuel Dresch
26/05/1906
25/12/1909

Rosalina Dahm
06/08/1912
09/09/1912

Gastorina Dresch
05/08/1912
21/11/1912

Felisberta Siqueira


Faleceu com 73 anos.